A cidade de Curitiba sediou, entre os dias 3 a 7 de julho, o 1º Congresso da Juventude Polônica da América do Sul, promovido pela Wspolnota Polska que é uma Associação da Comunidade Polonesa. O objetivo do encontro foi aproximar descendentes de poloneses na América do Sul e o encontro contou com jovens brasileiros, argentinos, chilenos, peruanos e poloneses.
A Casa da Cultura Polônia Brasil foi muito bem representada por associados e alunos da associação que deixaram seus relatos dessa experiência:
Nathalia Martins Barbosa Piekas, Família Piekas, “o Piekas é de origem polonesa. Meu tataravô Alberto, veio em 1889 para o Brasil. Começando assim, a nossa história aqui, mais precisamente na colônia Antonio Prado, em Almirante Tamandaré. Região metropolitana de Curitiba. Desde cedo, eu acho a Polônia um país lindo, diferente de qualquer outro. Lugares muito lindos, um cultura totalmente diferente da nossa, e isso fez eu me interessar por ela. Minha tia paterna, Mari Ines Piekas, foi quem me mostrou o curso de língua polonesa, na Casa da Cultura Polônia Brasil. Vi ali oportunidades para o meu futuro, aprendendo a falar polonês, eu poderia estudar no país um dia. Terminaria meu curso de arquitetura na minha universidade aqui em Curitiba, e alguns anos depois, iria estudar um mestrado ou doutorado naquele país tão amado por mim. Depois de um ano de curso, posso dizer que me tornei outra pessoa, mas responsável, com mais vontade de estudar, e com a vontade de realizar o meu sonho, muito maior. Agradeço a professora Regiane, que sempre muito paciente, nos ensina cada palavra, cada verbo ou declinação. Difícil conhecer alguém que não admire ela”.
Como foi sua participação no Congresso:
“E para continuar minha saga com a Polônia, me inscrevi em um concurso para jovens descendentes de poloneses na América Latina. Comecei no dia 5/07, e que experiência maravilhosa! Já no primeiro dia, pudermos ver o desempenho de cada pessoa ali, uma diferença da outra, todas juntas pelo mesmo motivo. No dia 6/07, tivemos uma palestra, que claro, foi a minha favorita. Estudar na Polônia. Aquilo me ajudou muito, falaram sobre a Carta Polaca, que abriram vários caminhos para todos que estavam ali. Fiz cada amizade nesse congresso, pessoas que eu quero levar para a vida. Aprendi sobre a cultura polonesa, oportunidades que terei lá na frente, e fiz amigos. Foram dias sensacionais, que eu posso agradecer a Casa da Cultura, por ter me proporcionado tudo isso!”
Bruna Benato Rutyna, 19 anos, descendente da 3ª geração de poloneses da minha família, seu avô paterno veio da Polônia no ano de 1936, é associada e aluna no curso de língua polonesa na Casa da Cultura Polônia Brasil; Relata que “muitas das tradições polonesas estão presentes em seu cotidiano”.
Como foi sua participação no Congresso:
“Participar do Congresso da Juventude Polonesa foi uma experiência muito interessante e, pessoalmente, significativa. Nesse sentido, o evento possibilitou compartilhar um pouco da cultura polonesa e também brasileira com outros jovens da América Latina e da Polônia. Sendo através das danças, iniciando com a apresentação dos grupos folclóricos no teatro Guaíra e estendendo para confraternizações que ocorreram posteriormente; das músicas, com o concerto do grupo Śląsk, por exemplo; das comidas típicas, com algumas refeições realizadas em restaurantes típicos brasileiros e poloneses; da aula de culinária, aprendendo alguns pratos típicos como: torta de papoula e maçã, nhoque no vapor e sopa de funghi; dos artesanatos; e das palestras, das quais fiquei bastante interessada nas quais abordaram sobre os estudos na Polônia; além do próprio idioma polonês que, participando como ouvinte das palestras, já pude aprender e acrescentar mais palavras ao meu vocabulário. Seria bem interessante que este evento tivesse próximas edições, visto que, contribuiu de maneira positiva em vários aspectos, dentre estes, culturais e históricos.”
Diego Maoski, associado da Casa da Cultura Polônia Brasil, pesquisa sua ascendência polonesa e já descobriu que por parte de sua avó materna, a família Augustin, as pesquisas apontam a vinda do seu tataravô, João Augustin, nascido em Łężyny na Polonia. Em relação a família Maoski, por parte do avô materno, ainda realiza pesquisas para descobrir as origens.
Como foi sua participação no Congresso:
“Foi através da divulgação e incentivo Casa da Cultura que me inscrevi para o “KONGRES MłODZIEŻY POLONIJNEJ W AMERYCE POŁUDNIOWEJ” – evento realizado em Curitiba, que foi dirigido aos jovens polônicos da América do Sul. Ter sido selecionado já foi uma conquista e então poder participar de um evento envolvido intensamente na cultura polonesa, foi fantástico. Entre poloneses nativos e polacos de coração, tivemos muita informação sobre os estudos, cultura e as possibilidades de interação entre a Polônia e os polônicos dispersos na América do Sul. Me impressionei com o grande de número de grupos, organizações e comunidades que se esforçam para manter vivas as tradições em diversas partes do mundo, especialmente aqui no Paraná. Tivemos, além de valiosos conhecimentos, momentos de descontração e alegria, estreitando os laços de amizade entre os congressistas. Não poderia deixar de destacar, também, as oficinas desenvolvidas que, no meu caso, optei pela de culinária polonesa – que resultou em receitas muito saborosas que eu não havia provado”. #CongressoFantástico #OrgulhodaPolonia # CasadaCulturaPoloniaBrasil #polonicos
Jestem Dumny z Poski!
Sua experiência na Casa da Cultura Polônia Brasil:
“Por ter descendência, desde criança tive contato com as tradições polonesas, através dos meus avós maternos, parentes e outros descendentes ligados a família. Iniciei o estudo do idioma em São José dos Pinhais e sempre frequentava a famosa colônia Murici. Morando em Curitiba, me associei a Casa da Cultura Polônia Brasil em busca de uma aproximação ainda maior com a Cultura dos meus antepassados. É na Casa da Cultura que curso o idioma polonês e participo dos diversos eventos relacionados a cultura polonesa promovidos com frequência por esta instituição que muitas vezes tem parceria com o Consulado e outras organizações polonesas”.
Foram dias com intensa programação com palestras e oficinas que mobilizaram líderes brasileiros e poloneses num grande esforço para a realização do encontro.
“Sem dúvida foi algo muito esperado pela comunidade polono-brasileira e, mesmo com tantas atividades, ficou aquela sensação de querer mais. Muitas e muitas pessoas nos procuraram durante e após o evento, perguntando como poderiam se inscrever, mas infelizmente não pudemos fazer nada pois a seleção havia sido feita meses antes. De fato, foi memorável e tenho certeza de que ainda veremos bons frutos que virão desse grande evento”, afirma Schirlei Freder, presidente da Casa da Cultura Polônia Brasil.